Dois mineiros reconhecidamente considerados adversários, um da cidade – o “Coroné” – e outro caipira do interior – o “Mineirim” – se encontraram na única barbearia da cidade. Lá sentados, lado a lado, não trocaram uma só palavra.
Os barbeiros temiam iniciar qualquer conversa, pois poderia descambar para discussão, e o Coroné tinha fama de brabo e sempre andava armado. Terminaram a barba de seus clientes, mais ou menos ao mesmo tempo.
O barbeiro que atendeu o Coroné estendeu o braço para pegar a loção pós-barba e oferecer, no que foi interrompido rapidamente por seu cliente, que disse:
- Não, obrigado. A minha esposa vai sentir o cheiro e pensar que eu estive num puteiro.
O outro barbeiro virou-se para o Mineirim:
- E o senhor? – indagou.
- Uai, popassá, sô! Mia muié num sabe memo como é cheiro de puteiro. Nunca trabaiô pur lá…
(a barbearia está fechada até hoje, para reforma)
Fonte: campoere_1.com