Abelardo Luz / Justiça - 02 de Junho de 2016 - 08h53

​12 anos após matar agricultor indígenas são presos

Foto: divulgação

A Polícia Federal de Chapecó, prendeu nesta terça-feira (31), cinco dos oito indígenas acusados de matar o agricultor e sindicalista Olices Stefani, em 2004, na Linha Toldo Imbu, interior de Abelardo Luz. Os indígenas presos estão recolhidos à disposição da Justiça Federal no Presídio Regional de Chapecó.

Eles foram condenados por homicídio ainda em 2011, sendo que quatro deles também receberam condenações por cárcere privado, porém nenhum deles saiu preso do júri popular, que ocorreu em Joaçaba, no Meio-Oeste, por conta destes crimes. Na época do julgamento, a juíza concedeu o direito de apelos em liberdade, pois não eram reincidentes e nem possuíam antecedentes.

Uma das alegações do recurso da defesa junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, era de que o atirador que matou Stefani não foi identificado durante as investigações.

Para o advogado de um dos réus, Alvaro Alexandre Xavier, como não havia o nome de quem desferiu o tiro, seria impossível apontar coautores, como defendeu a acusação.

Penas individuais

- Alvari José dos Santos, cacique da tribo – nove anos e 11 meses de reclusão pelos crimes de homicídio e de cárcere privado.

- Valdecir Oliveira Santos - nove anos e 11 meses de reclusão pelos crimes de homicídio e de cárcere privado.

- Mauri Santos de Oliveira - nove anos e 11 meses de reclusão pelos crimes de homicídio e de cárcere privado.

- Vanderlei dos Santos - nove anos e 11 meses de reclusão pelos crimes de homicídio e de cárcere privado.

- Marciano Ribeiro dos Santos – sete anos e oito meses de reclusão por homicídio.

- César Galvão – seis anos e 10 meses de reclusão por homicídio.

- Vanderlei Felizardo – seis anos e 10 meses de reclusão por homicídio.

- Claudir da Silva - seis anos e 10 meses de reclusão por homicídio.

O ASSASSINATO

Olices Stefani foi assassinado com tiro de carabina, na madrugada de 15 para 16 de fevereiro de 2004, na Linha Toldo Imbu, após ter sido emboscado por um grupo de indígenas que obstruíam a rodovia e ameaçavam invadir propriedades rurais. Segundo os relatos, os índios teriam viajado de ônibus pagos pela Funai e escoltados por veículo da mesma Fundação.

A vítima, natural de Joaçaba, tinha 52 anos de idade, casado e pai de três filhas, e era presidente do Sindicato Rural e da Cooperativa de Alimentos e Agropecuária Terra Viva (COPTAR).

Fonte: Guia Tem Abelardo Luz

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