Crime ocorreu na noite de 13 de janeiro no camping em que o casal morava e trabalhava. Para o Ministério Público, as apurações deixaram claro que as
circunstâncias do assassinato configuram um homicídio com quatro
qualificadoras: motivo torpe; asfixia; uso de meio que dificultou a defesa da
vítima; e feminicídio.
O caseiro de um camping em
Palmitos acusado de ter matado a companheira agora é réu em uma ação penal
pública denunciado pelo Ministério Público por homicídio com quatro
qualificadoras. A denúncia foi aceita pela Justiça na tarde desta
segunda-feira. O réu já cumpre prisão preventiva pelo crime que teria cometido
na noite de 13 de janeiro, no camping em que os dois moravam e trabalhavam.
Conforme constataram as
investigações, o caseiro teria matado a sua ex-companheira motivado pelo
sentimento de vingança - por ela ter terminado o relacionamento amoroso entre
eles - e pelo sentimento de posse, o que caracterizaria a qualificadora do
motivo torpe.
Como a vítima era uma mulher
e ela foi morta em razão de sua condição do sexo feminino, o homicídio também
foi qualificado como feminicídio.
As condições em que o
assassinato foi cometido levaram a outras duas qualificadoras: o emprego da
asfixia e o uso de meio que impossibilitou a defesa da vítima. O suspeito usou
de sua proximidade com a vítima para atacá-la de surpresa, agredindo-a com uma
paulada na cabeça. O golpe fez com que a mulher perdesse a capacidade de se
defender, o que permitiu ao agressor asfixiá-la sem enfrentar resistência.
Entenda
o caso
O crime ocorreu na noite de
13 de janeiro, em um camping na localidade de Ilha Redonda, no interior do
município de Palmitos, onde o suspeito e a companheira dele trabalhavam como
caseiros. Naquela ocasião, o investigado comunicou a Polícia Militar sobre o
desaparecimento da sua companheira após, segundo ele, a mulher ter seguido em
direção ao Rio Uruguai dizendo estar disposta a tirar a própria vida. O caseiro
afirmou que não havia levado a ameaça a sério, pois não seria a primeira vez
que a companheira teria anunciado a sua intenção de cometer suicídio, devido a
uma suposta depressão que teria sido causada pela morte da filha dela, cerca de
um ano antes.
Com a ajuda dos policiais
militares, o corpo da vítima foi encontrado na margem do rio, onde ela, a
princípio, teria morrido afogada. A perícia no cadáver não conseguiu comprovar
que o afogamento foi a causa da morte, mas encontrou ferimentos na cabeça e nas
mãos indicando que a mulher havia sido agredida com violência e tentado se
defender, sem sucesso, antes de ter sido, provavelmente, arrastada desacordada
ao local em que teria sido jogada ao rio pelo companheiro.
As investigações policiais
levantaram vários indícios de que a mulher teria sido vítima de feminicídio -
como testemunhos de conhecidos do casal sobre episódios de violência doméstica
- e de que o suspeito teria tentado simular o suicídio.
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Fonte: MP-SC