Ação
coordenada com outros órgãos de segurança resultou na apreensão de cerca de 22
mil garrafas de vinho com valor estimado em R$ 4 milhões.
A
Receita Federal realizou entre os dias 28 de fevereiro e 4 de março a “Operação
Dionísio”, a maior ação integrada para o combate a entrada irregular de bebidas
alcóolicas na região da fronteira com a Argentina.
Ao
todo, foram apreendidas cerca de 22 mil garrafas de vinhos e espumantes no
período, com ações direcionadas em depósitos, lojas, transportadoras e agências
de correio, além de abordagens nas estradas do Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul.
As
garrafas apreendidas, algumas com valor de revenda no varejo próximos a R$
2.000, têm um valor estimado de 4 milhões.
A
ação contou com a participação de diversos outros órgãos de segurança, como
Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, e Polícias Militares do Paraná e
Santa Catarina.
O
chefe da Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal,
auditor-fiscal Tsuyoshi Ueda, destacou a relevância da ação integrada para o
sucesso da operação. “Quando somamos todo o conhecimento e experiência que cada
órgão público tem em sua área de atuação, conseguimos resultados muito
superiores. Esta é a maneira mais efetiva de combater o crime organizado.
Também é importante destacar a troca de informações entre a Receita Federal e a
Aduana Argentina, para termos uma fronteira mais segura”, destacou Ueda.
A
apreensão de vinhos na região de fronteira com a Argentina tem crescido ao
longo dos últimos anos.
Em
2019, foram apreendidos cerca de 6 milhões em bebidas. Este número saltou para
mais de 18 milhões em 2020 e, em nesses primeiros meses de 2021 já supera 10
milhões de reais.
O
combate à entrada de vinhos de maneira ilegal no País busca proteger a
indústria nacional e combater a concorrência desleal, uma vez que comerciantes
que realizam a importação legal das bebidas não conseguem manter a
competitividade frente aos sonegadores e acabam fechando as portas, aumentando
o desemprego.
Além
disso, os vinhos introduzidos irregularmente não possuem controle sanitário,
são transportados e armazenados de forma irregular, o que pode causar graves
prejuízos a saúde dos consumidores.
Como
foi realizada a operação
A
Receita Federal selecionou os alvos da ação baseado em dados coletados ao longo
dos últimos meses e troca de informações com outros órgãos, que permitiram a
localização de depósitos, transportadoras e lojas que infringiam a lei em suas
atividades. Em Francisco Beltrão (PR), por exemplo, um estabelecimento que em
tese seria uma fábrica de móveis era apenas a fachada para um depósito ilegal
de bebidas.
Simultaneamente
às ações nos estabelecimentos, os órgãos de segurança envolvidos na operação
intensificaram a vigilância nas estradas da região Sul, o que resultou em
apreensões significativas de garrafas de vinho tanto em veículos de passeio
como de caminhões com destino a outras regiões do País.
Um
dos veículos de passeio apreendidos foi modificado com um dispositivo que
liberava fumaça pela parte traseira para dificultar a perseguição durante uma
eventual fuga.
A
Receita Federal também realizou fiscalizações nas agências postais em busca de
mercadorias enviadas sem os trâmites legais. Com o auxílio de escâneres
portáteis, foram identificadas garrafas de vinho com valor de varejo próximos a
R$ 2 mil sendo enviados de maneira irregular.
Mais
de 40servidores da Receita Federal participaram das operações. Foram
contabilizadas apreensões em 16 municípios nos estados do Paraná, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás.
O
nome da operação faz alusão a Dionísio, deus grego do vinho, bem como pelo fato
do município de Dionísio Cerqueira (SC) ser um dos pontos de fronteira
principais utilizados para a tentativa de ingresso clandestino de vinhos
argentinos.
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Fonte: CampoErê.Com