Educação - 22 de Setembro de 2016 - 18h02

​Como será o novo Ensino Médio anunciado por Temer

O governo Michel Temer apresenta nesta quinta-feira (22) as diretrizes que irão pautar a reforma do ensino médio a partir de 2017 — o conjunto de medidas que virão por meio de uma Medida Provisória já é encarado como a maior mudança da educação brasileira das últimas duas décadas.

"Esse novo ensino médio baseia-se em modelos já testado e aprovados em países avançados. Há mais de 1,5 milhão de jovens excluídos da escola e do mercado de trabalho", afirmou o presidente Michel Temer durante solenidade de assinatura da MP.

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Na apresentação, o presidente lembrou dos ensinos clássico e científico, modelo que pautou o ensino médio no Brasil durante as décadas de 40 e 60, e disse que a ideia desse novo formato do Ensino Médio replica o mesmo objetivo: capacitar estudantes em suas áreas de interesse.

Ele negou que os cortes para colocar a economia nos trilhos afetarão os investimentos em educação. "Sabemos qual é nossa responsabilidade fiscal, mas temos que ter responsabilidade social: voltar os nossos olhos para a educação", disse.

“Não podemos ser passivos, nem tolerantes diante de um quadro como esse. Precisamos de coragem para mudar. Essa não é uma mudança imposta e discutida tem praticamente a unanimidade dos secretários de Educação”, afirmou o ministro da Educação, Mendonça Filho, durante apresentação do projeto.

Segundo o ministro da Educação, serão investidos 1,5 bilhão de reais durante os próximos dois anos para apoiar os estados para fundar escolas em tempo integral.

Como será o novo Ensino Médio

Com a nova proposta, o ensino médio no Brasil passar das atuais 800 horas aula por ano para 1.400 horas/ano — o que exigiria turno integral.

Durante todo o primeiro ano e metade do segundo, o estudante será exposto a um conteúdo básico de cada matéria, com base nos pilares que já norteiam o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem): Linguagens, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Matemática. No ano e meio seguinte, porém, ele terá autonomia para montar a própria grade de disciplinas.

De acordo com a secretária da pasta, a discussão com os estados será iniciada agora e o objetivo é ter uma base nacional comum até meados do próximo ano. “Encaminharemos para o Conselho Nacional de Educação, será homologado pelo MEC e a partir daí passa a vigorar como regra no país”, afirma.

A medida provisória tem força de lei por até 120 dias, mas precisa de aval do Congresso Nacional para transformação definitiva de lei.

Fonte: Exame

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