Visando a implantação do Centro Vocacional Tecnológico em Olivicultura no município de Campo Erê, região Oeste do Estado de Santa Catarina com o objetivo de estimular o cultivo e comercialização de produtos e subprodutos originários da Oliveira, visando ampliar o cultivo da espécie na região, o IFC – Instituto Federal Catarinense, divulgou a classificação dos candidatos docentes no curso FIC: Fruticultor com Ênfase em Oliveiras.
Confira aqui o edital do processo seletivo
Saiba mais
A olivicultura
tem atraído a atenção de muitos empreendedores rurais da região incentivados
pela lucratividade da atividade, bem como pelos resultados obtidos pelos
pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa
Catarina (EPAGRI) juntamente com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(EMBRAPA), que juntas, possuem 12 unidades de pesquisa no País, sendo uma
delas, localizada no município de Campo Erê, região oeste do Estado de Santa Catarina,
junto ao Centro de Educação Profissional (CEDUP) - Campo Erê.
A unidade de
Campo Erê tem desenvolvido pesquisas em 36 variedades de oliveira, sendo
destas, cinco demonstrando interesse comercial, seja para o consumo in natura ou para a produção de azeite. A
implantação do CVT vem ao encontro da demanda local criada pelos resultados da pesquisa,
para incrementar a produção de azeite e azeitonas, contribuindo de forma
significativa para o incremento de renda e inclusão social dos agricultores
locais. Além do azeite e azeitona, da oliveira comercializa-se também as folhas
que possuem propriedades terapêuticas, a pasta, resultante da prensa da
azeitona que pode ser utilizada na produção de pastas, rações e adubo orgânico,
dentre outros.
Com relação ao
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a região do município de Campo Erê é
classificado como médio/baixo, apresentando, segundo dados do IBGE (2010),
valor de 0,690, distante dos municípios com melhores índices, como Blumenau com
IDH de 0,803. O Brasil apresenta-se como um dos maiores importadores mundiais
de azeite de oliva e azeitona, apresentando uma grande dependência do mercado externo.
Tem importado de países vizinhos como Argentina, Uruguai, Chile, Peru, além da
Espanha, Portugal, Itália e outros. O CVT terá como sede o (CEDUP) - Campo Erê,
Centro de Educação Profissional Agrícola vinculado ao Governo do Estado de
Santa Catarina, localizado no município de Campo Erê, que disponibilizara
espaço físico existente na unidade para a realização do projeto. Para a
realização do projeto, algumas obras/aquisições fazem-se necessárias, como a
construção de uma garagem para caminhão e veículo utilitário, depósitos, casa
de vegetação e indústria de
transformação de azeitonas. Há necessidade também de se adquirir um veículo
utilitário, uma vez que o mesmo será utilizado para visitas às áreas de plantio
, necessário para que os técnicos responsáveis façam o acompanhamento da
evolução do cultivo, apoiando e fomentando o cultivo de oliveiras junto aos
agricultores, tornando a região pólo de produção e de difusão de tecnologias no
cultivo da oliveiras em âmbito nacional. Para estimular o consumo e tornar a
região conhecida no cultivo de Oliveiras, será construído, Junto a
SC-160, em frente ao CEDUP Campo Erê, um espaço para a comercialização de azeite, azeitonas e outros sub-produtos originários da produção. Vale destacar que a rodovia apresenta um grande movimento de pessoas que transitam da região sul para outras regiões do país, além do Paraguai e Argentina. A unidade demonstrativa também servirá como área educativa onde, através dos cursos e visitas técnicas, os produtores possam se qualificar e buscar os conhecimentos necessários para o sucesso da atividade. O caminhão será utilizado para o transporte da produção dos agricultores que participam do programa. O Projeto do CVT prevê a constituição de uma cooperativa de agricultores familiares, todos envolvidos em atividades relacionadas ao cultivo e comercialização de oliveiras, com o objetivo de organizar todo o processo de cultivo e produção de azeite, azeitonas e seus sub-produtos. O projeto tem previsão de duração de cinco anos, sendo que após este período, a cooperativa de agricultores familiares será responsável pela gestão das máquinas e equipamentos resultantes do projeto. Além disto, será criado o registro de uma marca regional a ser utilizada pelos produtores onde, em cada rótulo, constará o nome do produtor e endereço da propriedade.
Fonte: campoere_1.com