O dia 18 de maio é a data do calendário nacional onde é
comemorado o dia do Movimento Antimanicomial.
Esta data remete ao Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental, ocorrido em 1987, na cidade de Bauru, no estado de São Paulo, que reuniu mais de 350 trabalhadores na área de saúde mental.
Este movimento no Brasil foi influenciado pela reforma psiquiátrica ocorrida em Trieste, na Itália, liderada pelo psiquiatra italiano Franco Basaglia. Em 1979, Basaglia visitou o Hospital Colônia na cidade de Barbacena/MG, tendo-o comparado aos campos de concentração nazistas de Adolf Hitler.
No Brasil a luta começou em 1989, quando o deputado federal Paulo Delgado lançou um projeto de lei propondo a extinção progressiva dos manicômios, o qual foi rejeitado na Câmara dos Deputados.
Passaram-se doze anos até que uma lei fosse promulgada. A Lei 10.216/2001 ”Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental". Ela assegura os direitos dos portadores de transtornos mentais, priorizando o atendimento junto à comunidade, assim como atenção em todos os níveis e faculta a hospitalização em instituições que não tenham características asilares (Art.4º, § 3º).
Como processo decorrente deste movimento, surge uma nova diretriz do modelo de Atenção à Saúde Mental, transferindo o foco do tratamento que se concentrava na instituição hospitalar, para uma Rede de Atenção Psicossocial, estruturada em unidades de serviços comunitários e abertos, dentre eles, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
O CAPS Microrregional de Campo Erê faz parte desta luta defendendo os direitos dos usuários portadores de transtornos mentais, tendo uma equipe multiprofissional, que trabalha unida, buscando desconstruir o preconceito que a sociedade ainda tem em relação à saúde mental.
Fonte: campoere_1.com
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