Em julgamento que terminou por volta das 18:40 horas, os primos Eleandro Farias Bento e Robson da Silva, ambos com 23 anos, foram condenados pelo tribunal do júri da Comarca de Campo Erê.
Em depoimento Eleandro Farias Bento, disse que no dia dos fatos, 17 de Novembro de 2012, quando da saída do baile, que estava sendo realizado no pavilhão da igreja matriz, defendeu seu primo, também réu no processo, Robson da Silva, de um ataque feito pela vitima Gilnei Lopes e mais outros homens.
Segundo ele a intenção do ataque era “matar” Robson, tendo em vista que o irmão de Gilnei havia “mexido” com a acompanhante de Robson, uma mulher com o nome de Dirléia.
Já dentro do salão houve um confronto, contornado pelos seguranças e quando da saída percebeu os homens, vindo de encontro armados, o qual com pedradas atingiu Gilnei e que pegou o facão que a vitima carregava e deu uns “planchaços”, não sabendo precisar quantos. Ele disse ainda que desferiu golpes em outras pessoas e que em seguida fugiu, jogando a arma próximo do local dos acontecimentos.
Em seu depoimento Robson, que tem 2 filhos, e que não são com a mulher ao qual estava acompanhado no dia dos fatos, disse que era Gilnei que havia mexido com Dirléia e que quando da primeira confusão, resolveu ir embora e que na saída encontrou umas 9 pessoas, algumas armadas de facão e outras com pedras e paus.
Que em momento nenhum fez uso de qualquer tipo de arma a não ser pedradas, atiradas contra as pessoas que tentavam agredi-lo.
A acusação feita pelo promotor Dr. Tiago Davi Schmitt começou por volta das 10 horas. Depois o advogado José Luiz Catusso fez a defesa de Robson da Silva e na sequencia o advogado Adilson Luiz Raimundi usou a palavra para defender o réu Eleandro.
O promotor pediu a replica e os advogados seguiram os debates com a treplica.
Depois de 9:30 horas de julgamento o conselho de sentença composto por 5 homens e 2 mulheres, o veredito foi anunciado pelo Juiz João Bastos Nazareno.
Para o réu Robson da Silva, 12 anos, 8 meses e 13 dias de prisão, em regime fechado, pela pratica do crime de tentativa de homicídio duplamente qualificado. Durante o desenrolar do julgamento ficou comprovado a participação de Robson na agressão de Gilnei, inclusive sendo ele o primeiro a atingir a vitima.
Já o réu Eleandro foi condenado a 4 anos, 6 meses e 13 dias
de prisão em regime semi aberto, enquadrado pelo crime de tentativa de homicídio
privilegiado. Robson foi recolhido ao presídio regional de Francisco Beltrão
PR, onde cumpre pela pratica de crime de roubo. A pena imposta hoje deverá ser
cumprida em presídio de Santa Catarina assim que for liberadono Paraná.
O julgamento teve também o trabalho dos serventuários da
justiça, policia militar e agentes prisionais do PR e SC, além do
acompanhamento de familiares dos envolvidos, publico em geral, estudantes de
direito e de alunos do 1º e do 3º ano da Escola Raul Pompeia.
No final do julgamento alguns alunos da escola Raul Pompeia tiveram um encontro com o Promotor Tiago Davi Schmitt.
Fonte: campoere_1.com
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