Agricultura - 19 de Abril de 2012 - 11h03

Epagri vai apresentar máquina para descascar mandioca

Descascador de mandioca

A demonstração da máquina inédita, criada pelo catarinense Ênio Roque Frank e desenvolvida por uma indústria metalúrgica situada no Oeste do estado, acontece na próxima terça-feira, 24 de abril, a partir das 9h, na Estação Experimental da Epagri de Urussanga para técnicos, pesquisadores, produtores de 37 municípios da região e demais interessados.

A máquina descasca até 500 raízes por hora e todo o processo de descasque necessita de três operadores e o custo aproximado da máquina é de 40 mil reais.

A agricultura familiar carece de máquinas e equipamentos capazes de beneficiar com qualidade as matérias-primas produzidas e que sejam compatíveis com suas escalas de produção e poder de compra. Nesse contexto, também se encontra a cadeia produtiva da mandioca, onde um dos principais entraves para o desenvolvimento de negócios agregadores de renda é o descasque das raízes dos aipins, explica o pesquisador da Estação Experimental da Epagri de Urusssanga, Enilto Neubert


Sabedora desta grande e importante demanda, a referida indústria metalúrgica, que não teve o nome da empresa e da cidade, desenvolveu a máquina para descascar aipins composta por 4 estágios (pré-lavação, descasque, polimento e acabamento), a máquina representa um grande passo para humanizar e ampliar a escala de produção nesta tarefa antes estritamente manual. O invento também reforça a posição de Santa Catarina como estado inovador e berço da industrialização da mandioca pós-nativos.

A Epagri reconhece a importância desse invento catarinense e quer facilitar a sua avaliação pelos agricultores familiares envolvidos com o cultivo de aipins.
Pesquisadores da equipe que trabalham com essa cultura conheceram a máquina e, embora não possuam formação para avaliá-la nos seus aspectos técnicos, ficaram satisfeitos com a inovação. Por ser a primeira máquina de descascar aipins conhecida, a Epagri apoia e se esforça para aproximar as partes interessadas, mas a avaliação da sua eficiência e qualidade só poderá ser feita pelas pessoas que trabalham na atividade.

Fonte: Jandir Sabedot

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