Na noite
de 13 de janeiro de 2022 o corpo de uma mulher de 57 anos de idade foi
encontrado boiando no Rio Uruguai, em Ilha Redonda, região turística bastante
conhecida no município de Palmitos em razão da abundância de águas termais,
belezas naturais e disponibilização espaços para recreação.
O caso
inicialmente foi registrado como suicídio, mas não foi possível análise
minuciosa do corpo diante do estado em que se encontrava e da versão
apresentada pela única “testemunha” ocular do fato, o ex-companheiro da
falecida.
Segundo
alegado por ele na ocasião com bastante frieza, a companheira estava depressiva
e decidiu tirar a própria vítima, jogando-se de um barranco situado às margens
do Rio Uruguai, onde foi encontrada pelos policiais, já sem vida, pouco tempo
depois.
Após
intenso trabalho de investigação realizado nos últimos dias pela Delegacia da
Comarca de Palmitos em conjunto com a Divisão de Investigação Criminal - DIC de
Maravilha, o ex-companheiro da vítima foi preso na manhã desta sexta feira 28,
apontado como autor do crime.
Saiba
mais
A Polícia
Civil imediatamente iniciou investigação sobre o caso com a constatação da
morte. Analise do local do crime, oitiva de diversas pessoas e dos exames
periciais, principalmente o necroscópico, foi possível concluir com convicção
que a morte foi causada pelo suspeito agora preso.
Conforme
apurado, a vítima foi atingida por um forte golpe desferido com objeto
pérfuro-contundente na região lateral direita de sua cabeça, momento em que
provavelmente desmaiou diante da violência da pancada, a qual imediatamente
causou lesão cerebral.
A policia
comprovou também que a mulher até tentou se defender com uma das mãos, a qual
teve alguns dedos parcialmente dilacerados pelo forte golpe e um anel amassado,
mas não conseguiu se opor à força do agressor.
Já
extremamente debilitada e provavelmente desacordada, a vítima foi arrastada
pelo autor barranco abaixo, momento em que sofreu outras diversas lesões
corporais na parte da frente do corpo, todas identificadas durante o exame
pericial.
Depois a
mulher foi jogada na água, em parte rasa do rio, onde seu corpo flutuou por
alguns metros e acabou preso em área de vegetação, a poucos metros de
distância.
O exame
pericial constatou que a vítima não morreu em virtude de um afogamento
“clássico”, eis que em seus pulmões não foi encontrada água em grande
quantidade, o que se deve justamente ao fato de ter sido jogada na água já
totalmente incapacitada e sem possibilidade de resistir. Nesta condição de
extrema fraqueza, o corpo na ofendida nem sequer conseguiu realizar os
movimentos necessários à respiração, o que também causou sinais de asfixia.
A
investigação apurou ainda que o casal havia recentemente se separado e que o
ex-companheiro não aceitava a situação, bem como que praticava violência
doméstica contra a mulher, já tendo-a agredido e a ameaçado de morte em outras
ocasiões, apesar dela ter optado por não registrar nenhum desses fatos.
Testemunhas
ouvidas, disseram que o agressor chegou a afirmar explicitamente em uma dessas
ocasiões que mataria a mulher com uma paulada na cabeça e jogaria seu corpo no
rio posteriormente.
A vítima
possuía 57 anos de idade, era natural de Rodeio Bonito, no Estado do Rio Grande
do Sul, foi agricultora boa parte da vida e estava aposentada, mas ainda
trabalhava junto com autor como zeladora de uma área de quiosques em Ilha
Redonda, justamente o local onde o crime contra sua vida foi praticado. Deixou
diversos filhos e um neto criança, do qual possuía a guarda e era a única
responsável. A identidade da vítima e imagens do seu corpo não serão divulgadas
em respeito a sua memória e aos seus familiares.
O autor
preso preventivamente possui 50 anos de idade, nasceu no estado do Paraná e
também trabalhava no “camping” onde praticou o crime. Sua identidade não será
revelada em virtude de proibição contida em lei. Ele será encaminhado ao
presídio regional de Chapecó, onde aguardará a finalização das investigações e
ficará à disposição da justiça durante o processo criminal.
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Fonte: CampoErê.Com/PC