Produtores dos setores agrícola e da pecuária têm relatado
prejuízos com a circulação de javalis no território catarinense. De acordo com
especialistas, o animal traz perdas econômicas, com a depredação de lavouras, e
pode trazer risco sanitário, com a transmissão de várias doenças.
Os principais problemas neste ano em função da presença de
javalis estão nas regiões da Serra e do Oeste. O alerta é da Federação da
Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), com base em relatos
do setor agrícola.
— Além dos javalis serem predadores de diversas espécies de
animais nativos do nosso Estado, eles destroem a flora e prejudicam o meio
ambiente em seus cursos naturais d’água. São potenciais transmissores de
diversas doenças tanto aos seres humanos, quanto aos animais, trazendo riscos
sanitários aos nossos rebanhos pecuários — afirma Diego Rodrigo Torres Severo,
médico veterinário da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa
Catarina (Cidasc).
Entre as doenças que podem ser transmitidas aos seres
humanos, Severo destaca cisiticercose, hepatite E, salmoneloses e toxoplasmose.
Ele também comenta que a preocupação é maior na Região Serrana e no Oeste de
Santa Catarina.
— Especificamente em regiões próximas aos Parques Nacionais
de São Joaquim e das Araucárias (Ponte Serrada e Passos Maia), Estação Ecológica
da Mata Preta (Abelardo Luz), e municípios de Água Doce e Campo Belo do Sul são
os principais locais, porém, existem relatos em mais da metade dos municípios
do Estado — confirma Severo.
Praga
O javali europeu é considerado pela União Internacional de
Conservação da Natureza umas das 100 piores pragas.
Ações de controle
As ações de controle no Brasil são normatizadas pelo Ibama. É
o órgão que autoriza, por meio de habilitação prévia, a perseguição, o abate, a
captura e marcação de espécimes seguidas de soltura para rastreamento.
— Na prática, o controle populacional é realizado através da
caça (busca ativa com ou sem arma de fogo) ou captura em armadilhas e
consequente abate dos javalis — explica o médico veterinário Diego Severo.
Em Chapecó, no Oeste de SC, o 2º Batalhão de Polícia Militar
Ambiental, em parceria com diversas entidades, desenvolve o “Projeto Piloto
Javali”. A iniciativa faz o levantamento da presença de javalis nas propriedades
rurais, além do registro dos danos causados pelos animais durante o plantio de
cada safra.
Com esse trabalho, já se sabe que a maior incidência dos
animais acontece na Região Sul de Chapecó, na divisa com o Rio Grande do Sul,
no Rio Uruguai.
— Com esses dados, montamos um mapa e direcionamos as equipes. Lá, conversamos com moradores e agricultores e levamos informações sobre esses animais. Promovemos palestras e reuniões para orientar os produtores rurais sobre o controle da espécie e aproximamos eles das instituições e dos controladores — afirma Adair Alexandre Pimentel, tenente coronel da Polícia Militar Ambiental.
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Fonte: NSC-Total