Animais - 30 de Novembro de 2020 - 10h47

​Preocupação – Produtores tem perdas com aumento de Javalis no estado

Foto: Divulgação

Produtores dos setores agrícola e da pecuária têm relatado prejuízos com a circulação de javalis no território catarinense. De acordo com especialistas, o animal traz perdas econômicas, com a depredação de lavouras, e pode trazer risco sanitário, com a transmissão de várias doenças.

Os principais problemas neste ano em função da presença de javalis estão nas regiões da Serra e do Oeste. O alerta é da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), com base em relatos do setor agrícola.

— Além dos javalis serem predadores de diversas espécies de animais nativos do nosso Estado, eles destroem a flora e prejudicam o meio ambiente em seus cursos naturais d’água. São potenciais transmissores de diversas doenças tanto aos seres humanos, quanto aos animais, trazendo riscos sanitários aos nossos rebanhos pecuários — afirma Diego Rodrigo Torres Severo, médico veterinário da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

Entre as doenças que podem ser transmitidas aos seres humanos, Severo destaca cisiticercose, hepatite E, salmoneloses e toxoplasmose. Ele também comenta que a preocupação é maior na Região Serrana e no Oeste de Santa Catarina.

— Especificamente em regiões próximas aos Parques Nacionais de São Joaquim e das Araucárias (Ponte Serrada e Passos Maia), Estação Ecológica da Mata Preta (Abelardo Luz), e municípios de Água Doce e Campo Belo do Sul são os principais locais, porém, existem relatos em mais da metade dos municípios do Estado — confirma Severo.

Praga

O javali europeu é considerado pela União Internacional de Conservação da Natureza umas das 100 piores pragas.

Ações de controle

As ações de controle no Brasil são normatizadas pelo Ibama. É o órgão que autoriza, por meio de habilitação prévia, a perseguição, o abate, a captura e marcação de espécimes seguidas de soltura para rastreamento.

— Na prática, o controle populacional é realizado através da caça (busca ativa com ou sem arma de fogo) ou captura em armadilhas e consequente abate dos javalis — explica o médico veterinário Diego Severo.

Em Chapecó, no Oeste de SC, o 2º Batalhão de Polícia Militar Ambiental, em parceria com diversas entidades, desenvolve o “Projeto Piloto Javali”. A iniciativa faz o levantamento da presença de javalis nas propriedades rurais, além do registro dos danos causados pelos animais durante o plantio de cada safra.

Com esse trabalho, já se sabe que a maior incidência dos animais acontece na Região Sul de Chapecó, na divisa com o Rio Grande do Sul, no Rio Uruguai.

— Com esses dados, montamos um mapa e direcionamos as equipes. Lá, conversamos com moradores e agricultores e levamos informações sobre esses animais. Promovemos palestras e reuniões para orientar os produtores rurais sobre o controle da espécie e aproximamos eles das instituições e dos controladores — afirma Adair Alexandre Pimentel, tenente coronel da Polícia Militar Ambiental.

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Fonte: NSC-Total

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