Joaçaba / Justiça - 15 de Outubro de 2020 - 09h36

​Garota de programa que fez extorsão a homem casado é condenada a 4 anos de reclusão

Para não ser revelado o homem chegou a depositar certa quantia em dinheiro, mas no dia seguinte ela voltou a pedir dinheiro e ainda contou para a esposa o caso.

A 5ª Câmara Criminal do TJSC manteve condenação imposta a uma profissional do sexo, de quatro anos de reclusão em regime aberto, pela prática do crime de extorsão. O caso aconteceu no meio-oeste de Santa Catarina em 2016.

Conforme os autos, o homem conheceu a ré em uma casa noturna e, tempos depois, passou a receber via WhatsApp mensagens ameaçadoras. "Se não depositar R$ 1.500 na minha conta", ela teria escrito em uma das conversas, "conto tudo para a sua mulher, vou contar o que aconteceu no Facebook". Aturdido, o homem depositou a quantia exigida. Mesmo assim, garantiu que não houve programa nenhum.

Já no dia seguinte, novas intimidações. Agora ela exigia mais R$ 2 mil, disse que estava grávida dele e o ameaçou de morte. Como dessa vez ele se recusou a ceder à chantagem, a ré entrou em contato com a esposa da vítima e deu sua versão dos fatos.

- Me deixa em paz, você destruiu a minha vida - ele escreveu no Whats.

- Vou destruir bem mais.

Em juízo, a mulher negou a extorsão e argumentou que as provas colhidas são insuficientes para a manutenção da condenação. Alegou que a conduta é atípica, pois o valor cobrado é referente ao programa sexual realizado, o qual não teria sido pago pelo cliente.

O desembargador Antônio Zoldan da Veiga, relator da apelação, enquadrou a conduta da acusada no delito previsto no artigo 158 do Código Penal: "Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica." Para o desembargador, a materialidade dos fatos está demonstrada pelas mensagens, pelo comprovante de depósito e pelo depoimento da vítima colhido em ambas as fases procedimentais. A autoria, segundo ele, também está evidenciada nos autos. Com isso, Zoldan da Veiga rejeitou o recurso e votou pela manutenção da sentença.

Além do relator, participaram do julgamento - realizado no dia 8 de outubro - a desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer e o desembargador Luiz Neri Oliveira de Souza. A decisão foi unânime.


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Fonte: Assessoria de Imprensa/NCI

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