O Deputado Federal Paranaense Boca Aberta (Pros) apresentou
nesta terça-feira (10) projeto que prevê a amputação das mãos de políticos
condenados por corrupção.
Pela proposta, a punição atingiria desde o presidente da
República, passando por governadores estaduais, deputados federais, senadores,
deputados estaduais e vereadores, condenados pela Justiça após trânsito em
julgado, sem mais possibilidades de recursos.
A proposta “dispõe sobre a amputação das mãos direita e
esquerda de político que cometa crime de abuso de poder econômico, improbidade
administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento
ilícito, desde a condenação até o trânsito em julgado”.
Na justificativa do projeto, o parlamentar alega que “o
Brasil tem o 2º maior índice de corrupção do mundo, perdendo apenas para a
Nigéria”, e que “é o único país do mundo que não tem absolutamente nenhum
político preso (ou apenas um) por corrupção”.
Boca Aberta cita ainda que “na China, por exemplo, corrupção
comprovada é punida com pena de morte ou prisão perpétua”, e que “o Irã é outro
país que pune com a morte aqueles que praticam corrupção, embora execuções
sejam muito menos comuns para esse tipo de crime do que para assassinatos,
estupros e roubos”. Segundo ele, “pelo menos 360 pessoas foram executadas no
Irã em 2011”.
O deputado também cita como exemplo a Coreia do Norte, que,
segundo ele, “também condena corruptores à morte”. “A população está cansada de
sofrer nas mãos de políticos inescrupulosos e frios, pessoas más, desumanas”,
afirma.
Em dezembro, o Conselho de Ética da Câmara aprovou a suspensão do mandato de Boca Aberta por seis meses, por quebra de decoro parlamentar e abuso de autoridade por invadir uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jataizinho (região Norte), constrangendo médicos e profissionais de saúde, filmando e postando vídeos nas redes sociais. O relatório inicial propunha a cassação do mandato, mas foi alterado para a suspensão. O deputado recorreu à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que ainda não julgou o caso.
Fonte: Bem do Paraná