Campo Erê / Variedades - 29 de Janeiro de 2020 - 08h38

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​Você sabia? A ferrovia de Campo Erê a Guarapuava

Jornalista e advogado Ageu Vieira, pesquisa documentos antigos e em seu perfil na internet fez uma publicação muito interessante.

Cabe entender que daquela época (1913) pra cá pouca coisa ou quase nada mudou nos governos. A autorização para construção de um ramal ferroviário, nunca saiu e se perdeu no tempo.

Diz o texto da pesquisa: (não há erro de digitação, o documento foi escrito assim mesmo)


Em 1913, o governo federal chegou a autorizar a construção de um ramal ferroviário até Campo Erê, ligando a região Extremo Oeste à Ferrovia São Paulo – Rio Grande.

No jornal Correio Paulistano, edição de 10 de fevereiro de 1913, na primeira página, foi publicada a decisão do governo alterando uma lei e determinando a construção da ferrovia. A edição trazia a seguinte notícia:

“Foi publicada ante-hontem, com data de 1 deste mez, o decreto seguinte, que corrige alterações com que foi publicada a lei n. 2.738 de janeiro findo, que fixou a despesa geral da Republica para o exercicio de 1913:

O presidente da República dos Estados Unidos do Brasil:
Faço saber, á vista do que consta dos officios da Camara dos Deputados expedidos ao Ministerio da Fazenda em 8, 9 e 23 de janeiro findo, sob os ns. 5, 6 e 8, que a lei n. 2.738, de 4 do mesmo mez, que fixa a despesa geral da Republica para o exercício de 1913, deve ser executada com as seguintes correcções:

[...]

O artigo 74 é assim redigido: “Fica o governo autorizado a contractar com a Companhia S. Paulo-Rio Grande, ou com quem mais vantagens offerecer, a construcção do prolongamento do ramal dessa estrada com destino a Guarapuava, a fim de ligar esta cidade ao logar denominado Barracão, nas Missões Argentinas, passando por Palmas, Clevelandia e Campo Erê, á rêde da Estrada de Ferro S. Paulo-Rio Grande”.

A lei orçamentária, em relação a esse projeto, jamais saiu do papel.

A estrada de ferro acabou provocando a Guerra do Contestado, no Planalto Norte Catarinense, Vale do Rio do Peixe e uma vasta região do Oeste de Santa Catarina, devido à expulsão de caboclos e posseiros que viviam nas terras cedidas pelo governo à companhia norte americana como pagamento pela construção da ferrovia São Paulo - Rio Grande.

Fonte: CampoErê.Com/Ageu Vieira

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