São Miguel do Oeste / Operação policial - 21 de Novembro de 2019 - 15h50

Investigação aponta atuação ilegal de advogado preso com drogas

Foto: Marcos Lewe / Rádio 103 FM

A Polícia Civil, através da Divisão de Investigação Criminal (DIC), realizou na manhã desta quinta-feira (21), uma coletiva de imprensa para esclarecer informações sobre a "Operação Timor", deflagrada ontem (20), em São Miguel do Oeste. Durante a Operação, três pessoas foram presas, sendo duas mulheres e um homem, que atuava como advogado na cidade.

Segundo o Delegado responsável pela DIC, João Westphal Martins, a "Operação Timor" foi deflagrada como uma sequência da Operação Lata Velha II, deflagrada em julho deste ano, também em São Miguel do Oeste, e que teve o objetivo de inibir os crimes de tráfico de armas, drogas e outros crimes.

Na Operação Timor, deflagrada ontem (20), a Polícia Civil, de posse de mandados de busca e apreensão, foi até um apartamento da cidade, local onde funcionava um escritório de advocacia e era também a residência de um dos alvos, um advogado de 34 anos. Conforme a Polícia, no local as equipes policiais acabaram encontrando várias porções de cocaína e uma balança de precisão. A droga estava espalhada em vários cômodos da casa. Segundo a Polícia, a quantidade exata ainda será apurada, no entanto, havia aproximadamente quatro porções de cocaína já fracionadas para venda.

Uma mulher, que não tinha vínculo afetivo ou familiar com o advogado, também estava no local. Ela também já era alvo da Polícia por estar envolvida, há tempos, com a venda de drogas na cidade. Por haver fortes indícios de tráfico de entorpecentes, o advogado e ela foram presos pelo cometimento deste crime. A terceira pessoa presa foi uma idosa, de 65 anos, que é mãe de um dos homens apontados como chefe do tráfico na cidade.

Mãe do homem apontado como chefe do tráfico em São Miguel do Oeste também foi presa. (Foto: Marcos Lewe / Rádio 103 FM)

Ainda, segundo a Polícia Civil, o advogado preso na Operação Timor, teve acesso aos depoimentos das testemunhas do processo envolvendo a Operação Lata Velha II, os quais eram sigilosos, e repassou os conteúdos à família do homem considerado chefe do tráfico. De posse das informações, os envolvidos acabavam coagindo as testemunhas. Há relatos, conforme a Polícia, de pessoas que foram ameaçadas de morte pelos envolvidos.

O advogado permanece preso em São Miguel do Oeste, já as duas mulheres presas durante a Operação foram transferidas e estão no presídio feminino de Chapecó.

Fonte: WH3

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