A II caminhada da prevenção de deficiência, promovida pela
Apae de Campo Erê será realizada nesta quarta feira 28.
A prevenção da deficiência é um assunto que deve interessar
a todos os cidadãos, já que uma em cada dez pessoas são portadoras de algum
tipo de deficiência.
A Apae é uma das instituições que atende exclusivamente
pessoas com deficiência e a caminhada visa conscientizar as pessoas para a
prevenção.
A caminhada está marcada para as 14:15 horas, com saída da praça
da igreja matriz, percorrendo a rua Maranhão, chegando na sede da Apae, onde
estará aberta para a visitação e conhecimento dos trabalhos desenvolvidos.
Saiba mais:
Os quatro pontos a serem observados:
1. A PREVENÇÃO DA
DEFICIÊNCIA
2. PREVENÇÃO PRÉ -
CONCEPCIONAL E PRÉ – NATAL GRAVIDEZ DE RISCO
3. PREVENÇÃO
PERINATAL
4. PREVENÇÃO
PÓS-NATAL E NA PRIMEIRA IDADE
1. A PREVENÇÃO DA DEFICIÊNCIA
A prevenção da deficiência é um assunto que deve interessar
a todos os cidadãos, já que uma em cada dez pessoas são portadoras de algum
tipo de deficiência. Como diminuir esse índice? Todos os avanços conquistados
nesta área, do ponto de vista médico, psicológico e educacional nos indicam uma
eficiente alternativa: a prevenção.
O primeiro passo é conhecer as causas e manifestações das
deficiências, para saber como evitá-las. A deficiência é uma condição na qual a
pessoa não consegue realizar algumas atividades consideradas
"normais" para o ser humano, em determinada idade e condição
sócio-econômico-cultural. Essa condição é provocada por algum dano ou
anormalidade física ou motora, visual, auditiva ou mental.
A deficiência não é uma doença. Mas, pode ser causada por
uma doença, assim como: por acidentes, condições sócio - econômicas em
crescente deterioração, por fatores orgânicos ou hereditários e por fatores
genéticos. De 30 a 40% dos casos podem ser evitados com medidas preventivas. As
práticas preventivas devem ser aplicadas em diferentes momentos:
· Pré - concepcional (antes da gravidez)
· Pré - natal (durante a gestação)
· Perinatal (no momento do parto)
· Pós - natal (após o nascimento)
2. PREVENÇÃO PRÉ - CONCEPCIONAL E PRÉ - NATAL
O comportamento preventivo deve ter início no momento em que
a mulher decidir ter filhos porque os riscos de má formação do feto geralmente
ocorrem durante as primeiras semanas da gestação. E o melhor momento para o
casal conhecer as suas condições de saúde para gerar uma criança, com certeza,
é antes da própria gravidez.
O primeiro passo, portanto, é buscar acompanhamento médico.
Através de uma série de exames, é possível eliminar alguns riscos de problemas
com o bebê.
Além das causas hereditárias, que são alterações genéticas
ou cromossômicas - como a Síndrome de Down, por exemplo - algumas deficiências
podem ser provocadas por problemas de saúde da futura gestante.
Diversos exames nos ajudam a prevenir grande parte desses
riscos. Entre esses exames, os principais são:
· Hemograma (sangue)
· Glicemia
· Reação Sorológica para Sífilis
· HIV (AIDS)
· Tipagem Sangüínea
· Urina
· Toxoplasmose
· Hepatite
· Fezes
Os exames permitem constatações importantes. Por exemplo, a
rubéola adquirida durante o primeiro trimestre de gravidez pode provocar má
formação fetal, abortamento, deficiência visual e auditiva, microcefalia e
deficiência mental. Assim, como a sífilis e a toxoplasmose.
Durante a gestação, o médico que acompanha a gestante pode
se utilizar de outros exames disponíveis, como a ultra - sonografia e exames de
sangue. O objetivo agora é elaborar um histórico da saúde do próprio bebê.
Esses exames orientam o médico sobre o tempo de vida, crescimento e
desenvolvimento, tamanho, posição e conforto fetal.
As gestantes portadoras de outras doenças como, por exemplo;
hipertensão arterial crônica, diabetes, anemias ou tipo sangüíneo com RH
negativo, também podem ter o desenvolvimento do bebê comprometido. Isso não
impede que o bebê nasça sadio. Apenas indica que sua fase de vida intra-uterina
deve ter um constante acompanhamento médico.
GRAVIDEZ DE RISCO
O histórico da gestante pode indicar uma gravidez de risco
se, por exemplo, houver casos de deficiência na família, gravidez anterior
problemática, a idade avançada ou precoce da mãe. Nestes casos, o casal deve
procurar, antes da gravidez, um serviço de genética médica para estudo cromossômico
e para conhecer as probabilidades de possíveis anomalias no feto.
Os casos de gravidez de risco exigem práticas preventivas
específicas tanto no período pré-concepcional como no pré-natal. Uma avaliação
que deverá contar sempre com apoio de profissional especializado.
Atualmente alguns exames ajudam a detectar a ocorrência de
alterações no desenvolvimento fetal. Dentre eles, citamos o do vilo corial, a
amniocentese, a cordocentese, a ecocardiografia fetal e o doppler. São exames
que permitem ao médico diagnosticar se o bebê é portador de Síndrome de Down,
anomalias cromossômicas, doenças infecciosas, problemas cardíacos ou alterações
da circulação sangüínea.
Além das causas genéticas, a deficiência pode ser provocada
por traumatismos, tentativas de aborto, exposição aos raios X, radioterapia e
uso de medicamentos.
Mais uma vez, você pode perceber o quanto é importante o
acompanhamento médico nessa fase pré-natal, bem como seguir as orientações
recomendadas.
O uso de medicamentos, mesmo que aparentemente inofensivos,
como a vitamina C, pode causar má - formação no feto, se ingeridos em altas
doses, assim como a exposição ao raio X, só indicada quando estritamente
necessária, ainda assim, protegendo a barriga da gestante com avental de
chumbo.
As práticas preventivas não terminam por aí. Depois do
pré-natal, acompanhar o parto e as condições gerais do recém-nascido também são
fundamentais.
3. PREVENÇÃO PERINATAL
Após o nascimento, as condições cardíacas, respiratórias,
musculares e dos reflexos do recém-nascido precisam ser avaliadas. É mais ou
menos assim: cada um desses itens recebe uma nota em três diferentes momentos:
no primeiro, segundo e quinto minuto de vida.
A esse conjunto de avaliações, chamamos de Apgar do
recém-nascido, ou seja, uma nota que indica as condições gerais de saúde do
bebê. Essa informação será de grande importância para o pediatra durante o
desenvolvimento da criança.
Ainda na maternidade, o recém-nascido deve fazer o teste do
pezinho pelo qual é possível detectar a existência de duas doenças congênitas:
o hipotireoidismo congênito e a fenilcetonúria, que é uma alteração no
metabolismo. Essas duas doenças não causam nenhum problema se diagnosticadas e
tratadas precocemente. Portanto, do ponto de vista preventivo, o teste do
pezinho é um recurso que jamais poderá ser dispensado.
O teste do pezinho, um documento com a nota Apgar e
orientações sobre o calendário de vacinação são direitos de todos os
recém-nascidos.
4. PREVENÇÃO PÓS-NATAL E NA PRIMEIRA IDADE
Durante os primeiros anos de vida, a criança também está
sujeita a adquir algum tipo de deficiência. Doenças como meningite, sarampo,
além de traumatismos, ingestão de alimentos contaminados, intoxicação por
medicamentos, produtos de limpeza, acidentes com soda cáustica, instrumentos
cortantes, fogo, são as causas mais freqüentes das deficiências nesta fase da
vida da criança. Além disso, desnutrição, problemas metabólicos e maus tratos
na primeira infância também podem causar deficiência.
Como prevenção, recomenda-se levar a criança mensalmente ao
pediatra, pelo menos no primeiro ano de vida; seguir a tabela de vacinação,
priorizar o aleitamento materno e utilizar medicamentos somente com orientação
médica.
A prática preventiva é importante em todos os períodos.
Basta lembrar que 30 a 40% dos casos de deficiências podem ser evitados com
essas medidas. A prevenção é, sem dúvida, um compromisso muito importante que
cada um de nós deve ter na questão das deficiências.
Converse com seu médico. Informe-se cada vez mais sobre esse
tema.
A informação e o conhecimento podem garantir melhor qualidade de vida às nossas crianças.
Fonte: CampoErê.Com