Um pesadelo espreita as cadeias produtivas da proteína
animal, no mundo: a ocorrência de doenças nos rebanhos de aves, suínos e
bovinos. Rigor total nos controles é a principal orientação do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária
(ICASA).
A preocupação é pertinente porque o
mundo está vivendo o drama da peste suína africana (PSA), da qual o Brasil está
imune (não tem a doença), mas precisa tomar todas as medidas de segurança. A
peste suína africana é uma doença viral, mas não oferece risco à saúde humana.
Pode, contudo, dizimar planteis de suínos, sendo altamente infecciosa, o que
exige o sacrifício dos animais, conforme determina a Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE).
Uma
das principais medidas de segurança é restringir a entrada de pessoas nos
estabelecimentos rurais para evitar o contágio. Simultaneamente, é necessária a
adoção de
algumas medidas, como a cerca de isolamento e a troca de roupa e calçados antes
de entrar na unidade produtiva de animas. Isso ajuda a manter a saúde dos
animais e reduz riscos de contaminação e disseminação de doenças.
O
conselheiro técnico do ICASA Gerson Catalan destaca que “essas e outras medidas são fundamentais no controle de
enfermidades e na obtenção de alimento seguro para os humanos.” O controle
prevê medidas de biosseguridade que evitam a propagação de doenças para a
criação dos animais. Essas medidas dependem do tipo de criação - bovinos,
suínos, aves etc.
A pessoa que necessitar
fazer uma visita à unidade de produção animal, a trabalho ou não, deverá estar
em vazio sanitário (sem contato com suínos de outra propriedade rural,
abatedouro ou laboratório que trabalha com agentes infecciosos) por no mínimo
24 horas. Se o visitante for estrangeiro ou brasileiro em retorno de viagem
internacional, independentemente de ter ou não visitado uma unidade de produção
de animais, abatedouro ou laboratório com agentes infecciosos, deverá estar em
vazio sanitário por pelo menos 72 horas.
Visita de técnicos autônomos
ou de empresa integradora (técnicos de assistência técnica e vacinadores) que
assistem apenas granjas da mesma integração (mesma agroindústria) deverá seguir
os procedimentos de troca de roupas e calçados, além de higienização das mãos.
No caso de granjas de material genético há necessidade de banho e troca de roupa
independente se é ou não funcionário da empresa integradora.
O acesso
de pessoas as unidades de produção deverá ser feito obrigatoriamente pelo
vestiário, com troca de roupas e calçados de uso exclusivo da unidade de
produção e lavagem das mãos com detergente/sabão. As visitas devem ser documentadas, mantendo
no escritório um caderno de registro com informações mínimas de data,
identificação da pessoa, objetivo da visita e identificação da última visita
por ele feita em outra unidade de produção, abatedouro ou laboratório que
trabalha com agentes infecciosos.
Outras medidas
imprescindíveis são cerca de isolamento (barreira
física que impede pessoas estranhas, veículos e animais como cães, gatos,
javalis, galinhas, bovinos, entre outros, entrar no estabelecimento e manter
contato com os suínos alojados) e cuidados de higienização na entrada (acesso
de funcionários, proprietários e visitantes ao interior da unidade produtiva só
poderá ser feito após os procedimentos de troca de roupas e calçados e lavagem
das mãos).
Catalan
reforça que as visitas nas propriedades rurais com criação de animais devem ser
restritas e quando ocorrer observar todas as medidas de biosseguridade. “O
status sanitário que Santa Catarina conquistou representa nosso maior patrimônio,
porque é um atestado de seriedade e de qualidades de nossa agropecuária”,
encerra o dirigente.
ICASA
O Instituto – por meio do seu corpo técnico formado por veterinários, auxiliares, pessoal administrativo, com apoio de veículos e equipamentos – realiza um trabalho constante de controle para evitar a entrada de doenças em território catarinense. O apoio do ICASA aos órgãos oficiais foi fundamental para a obtenção do atual status sanitário pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).
Fonte: MB Comunicação