A justiça condenou, nesta quarta-feira (27), Nain Dewites,
32 anos, a 18 anos e oito meses de prisão em regime fechado pelo feminicídio de
Indiamara Aparecida de Moura. O réu foi considerado responsável pelo crime de
homicídio triplamente qualificado, com os agravantes de feminicídio, motivo
torpe e sem oferecer chance de defesa à vítima.
Logo após a sentença, ele foi encaminhado novamente ao
Presídio Regional de Xanxerê, onde estava preso preventivamente desde março de
2018 e onde permanece até conseguir uma vaga na Penitenciária de Chapecó.
O julgamento durou cerca dez horas. Pela manhã, foram
ouvidas testemunhas e o depoimento do réu, que alegou não se lembrar exatamente
do momento em que matou Indiamara. A tarde foi reservada ao debate entre
promotores e defensores. Já no início da noite, os jurados se reuniram para
discutir a decisão e Nain foi condenado pela maioria dos votos.
O advogado do condenado, Odílio Hilário Lermen, disse que a
defesa está satisfeita com o resultado e dificilmente recorrerá.
- Deu uma votação meio controversa, mas deu isso.
Dificilmente eu vou recorrer, o cliente disse que está bom, o Ministério
Público não sei se recorre. Fizemos um bom trabalho, ele [Nain] disse que está
satisfeito e que não quer recorrer. Foi um debate forte, uma acusação forte,
fizemos uma grande defesa e somos profissionais e temos que acatar a decisão -
disse Odílio.
Para a promotora Ana Cristina Boni, a sentença também
atendeu às expectativas do Ministério Público (MP).
- Preliminarmente, sem uma análise maior, me parece que o
quantitativo da pena atende às expectativa do Ministério Público, a magistrada
teve o cuidado de analisar circunstâncias do crime na fase de fixação da pena
base bastante importantes, então aos olhos do MP a pena é adequada sim -
afirmou a promotora.
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Fonte: TudoSobreXanxere