Polícia Civil de Pato Branco identificou na última segunda-feira mais 40 vítimas que tiveram contato pelas redes sociais com um pedófilo, de 22 anos, preso no dia 20 de fevereiro, em Chapecó (SC). Agora são cerca de 50 crianças que mantiveram contato com o pedófilo, que criava perfis falsos no Facebook e fazia as vítimas [meninos de 9 a 12 anos] enviarem imagens íntimas (nudez) e cenas de sexo explícito.
Em entrevista na manhã desta terça-feira (27), o delegado-operacional da 5ª Subdivisão Policial (5ª SDP), Nilmar Manfrin da Silva, informou que as 40 vítimas identificadas são do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Goiás. Ao todo já são mais de 50 vítimas, sendo cinco de Pato Branco de onde surgiu a denúncia de uma mãe sobre o caso, inclusive seu filho teria sido torturado pelo pedófilo.
O delegado Nilmar disse que a maior dificuldade é identificar as cidades das vítimas do pedófilo, um trabalho que demanda muita análise. “Identificamos somente 20% das cidades em que residem as vítimas. Além de Pato Branco, constatamos casos em Frederico Westphalen e Tenente Portela (RS), Chapecó, Maravilha, São Carlos, Concórdia, Iraceminha e Florianópolis (SC), São Paulo e interior de Goiás”, revelou o delegado, que pede aos pais que verifiquem no celular e computador de seus filhos se mantiveram ou não contato com um dos perfis falsos do pedófilo.
Mais um perfil falso
Nilmar informou ainda que foi descoberto mais um perfil falso do pedófilo, este último em nome de Mariana Castro. Ele também se fazia passar por Mariana Matos, Inês Souto e Maria Isabela para atrair os meninos. Segundo o delegado, quando o Facebook bloqueava o perfil falso ele criava outro e do quarto da sua casa causava mal a essas crianças. Das 50 vítimas, cerca de 40 enviaram vídeos íntimos para o pedófilo.
O delegado entrou em contato com o Facebook e aguarda dados cadastrais para entrar em contado com as vítimas e materializar os crimes. O pedófilo agia com maior intensidade no sul do Brasil. Após obter a primeira imagem íntima da vítima, o rapaz passava a chantagear, ameaçar e coagir a criança, fazendo com que continuasse a produzir material pornográfico. Na casa dele foram encontrados milhares de vídeos armazenados no dispositivo, separados por pastas com nomes dos meninos.
De acordo com Nilmar, o acusado segue preso em Chapecó (SC). Ele confessou os crimes quando foi localizado, mas ao ser interrogado reservou-se ao direito de permanecer calado. Autuado em flagrante por armazenar material pornográfico, o rapaz também responderá por estupro de vulnerável e outros crimes, inclusive por tortura praticada contra um menino de Pato Branco, caso que gerou a investigação da Polícia Civil.
Fonte: Diário do Sudoeste
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