Os ventos de cerca de 100 km/h que atingiram o oeste e meio-oeste
na madrugada do ultimo dia 08, causaram quedas de árvores, destelharam centenas
de casas e provocaram danos ao sistema elétrico da Celesc.
Durante o pico do problema, às 5h30, cerca de 85 mil
unidades consumidoras estavam sem energia. Deste total, 50 mil pertencem a
regional de São Miguel do Oeste, o que representa mais de 40% dos consumidores
da regional.
Entre os estragos na região Oeste está a interrupção na linha de transmissão Pinhalzinho – Palmitos, que abastece as subestações de Palmitos e Mondai, responsáveis pelo fornecimento de energia a 40 mil unidades consumidoras no extremo oeste catarinense.
Foram registradas 1188 ocorrências em toda a regional de São Miguel do Oeste. Aproximadamente 35 equipes, leves e pesadas, foram deslocadas para reparação dos danos causados na rede elétrica. Todas as equipes das empreiteiras que prestam serviços terceirizados à Celesc também foram acionadas para auxiliar no reestabelecimento da energia aos consumidores.
A principal causa do grande número de ocorrências é o plantio de vegetação muito próximo à rede de distribuição de energia.
Em nossa região o plantio de eucaliptos, de forma desordenada e sem respeitar uma distância de segurança de pelo menos quarenta metros das redes de distribuição de energia, é o problema mais grave enfrentado, pois as mesmas quando adultas atingem mais de trinta metros de altura e podem cair sobre a rede além de soltarem a casca que é lançada sobre a rede no caso de ventos, destaca José Reinaldo Volkweis, chefe da Agência Regional.
Volkweis destaca ainda que foram atendidas a todas as ocorrências, restabelecendo o sistema elétrico o mais breve possível e não houve nenhum registro de acidente de trabalho.
Minimizando o impacto
Diante destas condições de atendimento, a Celesc atua em várias frentes, entre elas, manutenção preventiva e reforço nas equipes de atendimento de emergência. Na manutenção preventiva, entre outras ações, são intensificadas significativamente a poda da vegetação e a roçada, nas faixas de domínio das redes de distribuição, para reduzir a incidência de desligamentos devido à vegetação na rede.
Na área de abrangência da Regional de São Miguel do Oeste as despesas com poda e corte de árvores na faixa de domínio das redes são gastos mais de um milhão e duzentos mil reais ao ano. Estes recursos poderiam ser investidos na melhoria do sistema elétrico caso a população respeitasse as distâncias de segurança em relação às redes de energia elétrica.
A Celesc trabalha para restabelecer o sistema no menor tempo possível e suas ações visam atender rapidamente o maior número de unidades consumidoras com segurança. Porém, restaurar a energia elétrica depois da tempestade não depende simplesmente de fechar chaves ou retirar árvores das linhas de distribuição: “Muitas vezes, é uma grande operação que envolve avaliação dos estragos, quantidade de ocorrências registradas, localidades atingidas, priorização dos serviços, convocação e organização de equipes adicionais e até de serviços de apoio técnico ou administrativo”, afirma Volkweis.
“Além disso, existe uma ordem de prioridades legais e técnicas a serem
seguidas, levando em consideração principalmente a segurança das pessoas. É
importante lembrar que todas as ações tomadas precisam considerar a natureza e
a gravidade do problema, pois a energia elétrica é um produto de manuseio
altamente perigoso”, finaliza.
Fonte: campoere_1.com