Justiça - 24 de Março de 2017 - 09h40

​SC registrou trabalho análogo à escravidão em cinco locais nos últimos anos, diz governo federal

Imagem Ilustrativa

Após longa espera, foi divulgada na noite desta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho a aguardada "lista suja" das empresas envolvidas em trabalho análogo à escravidão. Dos 68 nomes, cinco ficam em Santa Catarina, sendo dois no Sul do Estado, dois no Oeste e um no Alto Vale do Itajaí. As cidades com ocorrência são Grão Pará, Criciúma, Pinhalzinho, Campo Erê e Vidal Ramos. A lista divulgada pelo Ministério do Trabalho aponta 30 trabalhadores envolvidos em condições de trabalho indignas nos últimos anos em SC.

A relação divulgada nesta quinta é diferente da divulgada há dez dias pelo jornalista Leonardo Sakamoto, do Uol, que apontava 250 empresas, sendo oito delas em Santa Catarina. De acordo com o Ministério do Trabalho, a lista atual foi publicada seguindo "rigorosamente a portaria Interministerial MTPS/MMIRDH número 4 de 11/05/2016, levando em consideração os critérios estabelecidos no artigo segundo, parágrafo primeiro".

A assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho informou à reportagem do Diário Catarinense que as 250 empresas divulgadas anteriormente integravam lista preliminar de casos suspeitos. A nova relação indica casos onde as informações foram confirmadas.

Em Santa Catarina, os cinco casos que constam na lista suja ocorreram em plantações em áreas rurais. O que envolve o maior número de trabalhadores foi no Sul do Estado, em área de cultivo de batatas, localizada na encruzilhada de duas rodovias.

A lista com as empresas que utilizam trabalho análogo à escravidão é aguardada há pelo menos dois anos. Por seguidas vezes, o Ministério do Trabalho barrou a divulgação, judicializando o tema, a última delas ainda neste mês. Em razão das seguidas suspensões da divulgação, o Brasil chegou a ser denunciado à ONU pela entidade Conectas, que levou o caso ao Conselho de Direitos Humanos.

Em Campo Erê um trabalhador foi detectado em 2014 e as outras cidade foram Grão Pará com 5, 14 em Criciuma, 5 em Vidal Ramos e 5 em Pinhalzinho

Fonte: Diário Catarinense

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