Nos últimos dias
maquinas e equipamentos da pesquisa da empresa Global Serviços Geofísicos Ltda,
contratada pela ANP - Agência Nacional do Petróleo, percorreram vários locais
de Campo Erê e da região extremo oeste de SC.
Os responsáveis pelos trabalhos não prestaram nenhuma informação sobre as atividades realizadas na região, mas qualquer informação sobre o assunto deve ser tratada diretamente com a ANP – Agencia Nacional de Petróleo.
Solicitada a Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) disse estar realizando desde meados de 2015 testes sísmicos para pesquisa geológica na Bacia Sedimentar do Paraná nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Um comboio de caminhões vibradores percorre as rodovias emitindo ‘vibrações’ – ou terremotos induzidos – gerando ondas que atravessam as rochas, retornam à superfície onde são registradas as informações.
Tema de um projeto de Lei, protocolado pela bancada do PT na assembleia legislativa de SC, o estudo pode ser também base para exploração do gás de xisto.
De acordo com o deputado Dirceu Dresh o projeto de Lei prevê a suspensão 10 anos a exploração do gás de xisto no estado de Santa Catarina. A medida tem por objetivo a prevenção de danos ambientais causados pela perfuração do solo seguida de fraturamento hidráulico, tecnologia utilizada para a extração do gás em camadas ultra-profundas, onde são injetados de sete a 15 milhões de litros de água e mais de 600 produtos químicos, inclusive substâncias cancerígenas.
Segundo o deputado a Global Geophysical Services, contratada pela Agencia Nacional do Petróleo (ANP) por R$ 59,9 milhões realiza testes sísmicos para prospecção de petróleo e gás em Santa Catarina. Um comboio de caminhões pesados percorre áreas entre Meio-Oeste e Extremo-Oeste. O território catarinense está sob uma bacia sedimentar que engloba os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, com potencial para exploração do gás de xisto.
A extração do gás de xisto do subsolo pela técnica de
fraturamento hidráulico acontece através da perfuração de um poço, no qual é
injetada, sob alta pressão, uma mistura de água e substâncias químicas, que
fraturam a rocha e liberam o gás.
A crítica à técnica considera que tanto os gases
quanto as substâncias utilizadas podem vazar, contaminando solo, ar, animais e
água - inclusive o Aquífero Guarani, no subsolo do Paraná. Além disso, a
técnica utiliza quantidades enormes de água, um desperdício na opinião de quem
se posiciona contra a técnica.
Em Campo Erê
O município de Campo Erê foi notificado pela ANP que as maquinas poderiam realizar verificações no município, ao passo que o então prefeito Rudimar Borcioni depois de uma pesquisa minuciosa do assunto, tratou de solicitar ao MP SC, MP Federal e para a assembleia legislativa apoio no parecer da questão.
Preocupado com o que a exploração do gás de xisto pode causar, Borcioni encaminhou projeto de Lei, onde impediriam uma possível extração no município, baseado na Lei que foi implantada no PR, mas o projeto depois de discutido na Câmara não foi votado.
Fonte: campoere_1.com